Quem observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará” – Ec 11: 4
Introdução: O crescimento numérico da Igreja é um processo constante que tem sido motivo de estudos e pesquisas. Quando falamos em crescimento, logo pensamos na igreja dos primeiros séculos que, apesar de não usufruir de nenhum recurso tecnológico semelhante aos que temos hoje, caía na graça do povo e crescia diariamente, At 2: 47. Há um provérbio que diz que ninguém nasce grande. Isso se aplica à Igreja. No entanto, tudo que ela tem feito para o Senhor pode ser ainda melhor e não podemos dar-nos por satisfeitos pelo que já temos realizado. Pelo contrário, como parte do Corpo do Cristo, seria importante rever alguns conceitos e aceitar os constantes desafios que nos proporcionam uma conduta cristã mais coerente com os ensinos bíblicos, a fim de que descubramos novos caminhos de crescimento.
1 – O RISCO DA SEMEADURA – Ecl. 11:4, 6
Há dois verbos em destaque nas palavras do sábio Salomão: “… quem observa […] e o que olha…”. Perceba que eles são muito importantes, porque nos levam a pensar no desafio de arriscar-se ao semear, ou seja, não se pode ficar aguardando condições ideais para dar início a qualquer tipo de empreendimento de pregação do evangelho. Se assim for, nunca haverá condições perfeitas e favoráveis à realização do trabalho de Deus.
É preciso arriscar-se, ainda que o tempo não seja favorável. Portanto, quem ficar observando os ventos, ou seja, as dificuldades materiais, econômicas, e até mesmo as espirituais, nada fará para o crescimento da igreja. Como exemplo, podemos relembrar a parábola dos talentos, contada por Jesus, em Mateus 25: 14-30.
2 – A DEDICAÇÃO NA SEMEADURA – 2 Tim. 4:2
O advérbio “nunca” citado pelo sábio neste texto não faz parte do vocabulário da semeadura cristã. O bom semeador não pode ser vítima de sua própria negligência ou ficar esperando que nasça algo sem que tenha plantado. Porque semear é o seu trabalho, faz parte de sua vocação, Mt 13: 3.
O lavrador, ao lançar a semente sobre a terra, acredita (fé natural) que ela vai germinar e dar muitos e muitos frutos. Essa foi a experiência do homem da parábola do semeador contada por Jesus, Mt 13. Qual é o cristão verdadeiro que não gostaria de semear (pregar) e fazer uma grande colheita de vidas interessadas na salvação? Sl 126: 5-6.


3 – O RESULTADO DA SEMEADURA – Ecl. 11:1

Novamente, o sábio Salomão utiliza o advérbio “nunca”, para reforçar a idéia de que quem observa o vento e olha as nuvens não terá sucesso no processo da semeadura-colheita. Ou seja, o comodismo, a ociosidade e a falta de predisposição em semear impedem o semeador de tal atividade. Para ceifar é preciso trabalhar, usar estratégias contextualizadas, usar os próprios recursos e investir na obra de Deus. Paulo afirma: “o que semeia pouco, pouco também ceifará, e o que semeia com fartura, com fartura também ceifará”, 2 Co 9: 6. Em outras palavras: o que trabalha muito, muito ceifará, o que pouco trabalha, pouco ceifará, e o que nada faz, nada terá.
CONCLUSÃO: Portanto, temos de admitir que é preciso ser mais dispostos e deixar de lado aquilo que tenta desviar o nosso foco do Reino de Deus. O meu apelo, é para que nos conscientizemos de nossa missão e aceitemos o desafio de correr riscos e semear com mais fé, com propósitos definidos, pois assim veremos uma expansão gloriosa do Reino de Deus.